Lista das Cartas
| Nº | Facsímile | Título | Datação | Páginas | Tema |
|---|---|---|---|---|---|
| 1 | ![]() | Meu caro Eudaldo: Saudações | 22/08/1941 | 14-16 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Início do debate religioso entre Eulálio Motta e Eudaldo Lima no caderno Farmácia São José. Este rascunho de carta se trata do agradecimento pelo envio, por parte de Eudaldo Lima, do livro protestante Cochilos de um Sonhador, de Basílio Catalá Castro e da promessa de um comentário sobre o livro. Também teceu comentários sobre o prólogo, de autoria de Getúlio Vargas. |
| 2 | ![]() | Carta Aberta a um amigo (Sobre um livro de polemica do Snr. Basílio Castro) | 24/08/1941; 31/08/1941 | 16 a 25 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Este rascunho de carta se trata do comentário prometido no rascunho de carta Meu caro Eudaldo: Saudações sobre o livro do autor protestante Basílio Catalá Castro, Cochilos de um sonhador. Este rascunho fora iniciado como uma carta privada, porém Motta cancelou o início, em que se direcionava a Eudaldo Lima, e a nomeou como Carta Aberta a um amigo (Sobre um livro de polemica do Snr. Basílio Castro), com intenção de publicá-la. Essa carta aberta foi publicada em avulsos, de acordo com Eudaldo Lima em sua carta aberta publicada em O Lidador, por título de “Declaração Oportuna” (08/03/1942). Neste rascunho, Motta teceu comentários sobre os pontos de discordância entre ele e o escrito por Basílio Castro. |
| 3 | ![]() | a) Meu amigo: | Você, protestante convicto | 09/11/1941 | 34 e 35; 38 a 40 | Religião. Bíblia. Catolicismo. Protestantismo. Este rascunho de carta não apresenta destinatário explícito, porém, após análise do conteúdo, concluiu-se que foi escrito para Eudaldo Lima. O rascunho se trata de uma resposta a uma carta que Motta recebeu, em que ele cita partes da carta e comenta pontos sobre os quais discorda, fazendo diálogo com passagens bíblicas para dar suporte à sua argumentação. |
| 4 | ![]() | Meu amigo: | Promessa é divida | [1941] | 36 e 37 | Religião. Catolicismo. Protestantismo. Este rascunho de carta não apresenta destinatário explícito, porém, após análise do conteúdo, concluiu-se que fora escrito para Eudaldo Lima. No corpo do texto, Motta apresenta os pontos essenciais para que uma Igreja seja considerada como Igreja de Deus. |
| 5 | ![]() | Eudaldo amigo: Saudações | Na minha primeira cronica sobre o livro do Snr. Basilio | 18/11/1941; 25/11/1941 | 41 a 43 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta comenta ter finalizado o livro que Eudaldo Lima lhe enviou, do autor protestante Giovanni Rostagno. O nome do livro não foi mencionado, mas Motta faz um comparativo entre ele e o livro Cochilos de um Sonhador, do autor protestante Basílio Catalá Castro, tecendo elogios ao livro de Rostagno e críticas negativas ao livro de Catalá Castro. Também, compara o livro de Rostagno ao livro Imitação de Cristo, do Pe. Thomas de Kempis, e diz que o colocará em sua estante com os demais livros católicos que possuía. |
| 6 | ![]() | Eudaldo amigo Salutem! | Ausente, em trabalhos na Fazenda | 14/12/1941 | 48 a 50 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta acusa o recebimento de mais dois livros que lhe foi enviado por Eudaldo Lima. Segue dizendo que não poderá fazer a leitura rapidamente pois havia outras leituras em andamento e diz que se Eudaldo não estivesse afastado do rebanho (católico), as suas leituras se alinhariam. Faz uma reflexão sobre os erros que cometera enquanto estava afastado da Igreja Católica e lamenta o fato de Eudaldo se encontrar afastado do catolicismo. |
| 7 | ![]() | Eudaldo: Salutem! | Em mãos a sua carta de 20 do corrente | 25/12/1941 | 51 e 52 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta acusa o recebimento de livros enviados por Eudaldo Lima e promete resposta pública a uma carta recebida em 20/12/1941, na qual comentaria os pontos que Eudaldo abordou. Também diz que esta publicação seria feita com o intuito de esclarecer os incautos para que não cometessem erros de fé, pois os “ignorantes” no catolicismo poderiam ser arrastados pelas aparências das “seitas” protestantes e suas pseudo-razões. Também menciona sua luta de Ação Católica. |
| 8 | ![]() | Eudaldo: Salutem | Em mãos a sua carta de 31 de dezembro | 11/01/1942 | 56 a 61 | Religião. Teologia. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta acusa o recebimento de carta enviada por Eudaldo Lima na qual, aparentemente, havia diversas ofensas sobre sua pessoa. Segue dizendo que Eudaldo o acusou de doente e contrapõe a aparente afirmação de Eudaldo sobre ser especialista em cristianismo, devido ao fato de ter frequentado cursos protestantes. Motta afirma que o protestantismo é uma psicose e que sua ação (presume-se Ação Católica) teria um sentido terapêutico preventivo e não curativo. |
| 9 | ![]() | Eudaldo amigo: Salutem! | Por intermedio de um amigo Frei Felix | [1942] | 62 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta avisa que havia enviado a longa resposta da carta do dia 31/12 por meio de Frei Felix e acusa o recebimento do prospecto O Papado e a Infalibilidade. Também agradece as fontes materiais (livros e prospectos) que Eudaldo lhe estava remetendo, afirmando serem fontes copiosas para o trabalho que pretendia realizar e faz votos pela continuação das remessas. |
| 10 | ![]() | Eudaldo amigo: Salutem! | Acabo de ler “O Papado e a Infalibilidade” | 14/01/1942 | 63 e 64 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta afirma ter finalizado a leitura do prospecto enviado, anteriormente, por Eudaldo Lima e que o prospecto havia sido acompanhado de um cartão-desafio para a refutação do mesmo. Motta então diz que esta tarefa já havia sido cumprida por Leonel Franca e Julio Maria. Finaliza dizendo que agradecia os conselhos não solicitados dados por Eudaldo sobre como conduzir sua Ação Católica e encerra dizendo “Sou pequeno, mas só fito os Andes” e que não pede luz às sombras, e sim à luz. |
| 11 | ![]() | Eudaldo amigo: Respondendo… I | 15/01/1942 | 65 e 66 | Religião. Notícia de jornal. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta cumpre o prometido no rascunho Eudaldo: Salutem! | Em mãos a sua carta de 20 do corrente, de responder os pontos abordados por Eudaldo Lima em sua carta do dia 20/12/1941. Apesar de ter prometido, no rascunho 7, uma resposta pública, não há evidências da publicação de alguma versão deste rascunho ou de sua sequência, os rascunhos 12 e 13 Respondendo II | Eudaldo: Há ou não há intermediario? e Respondendo… III, respectivamente. Neste rascunho, Motta contesta uma tirinha, publicada em algum jornal, que apresenta estatísticas sobre o crescimento do protestantismo no Brasil e as categoriza como fantásticas. Finaliza o texto sinalizando uma continuação. |
| 12 | ![]() | Respondendo II | Eudaldo: Há ou não há intermediario? | [1942] | 67 a 69 | Religião. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta contesta a afirmação de Eudaldo Lima na carta do dia 20/12/1941 de ser bispo de um rebanho que Deus lhe confiou. Motta ironiza as afirmações de Eudaldo e diz que não o considera um bispo, sempre escrevendo a palavra entre aspas. Motta dá a entender, na carta de Eudaldo, ele diz que não é necessário haver intermediários entre Cristo e os fiéis, mas que a função do bispo é de intermediar, utilizando o argumento apresentado por Eudaldo para descredibilizar seu posto de bispo. |
| 13 | ![]() | Respondendo… III | [1942] | 69 a 73 | Religião. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta dá continuidade na contestação das afirmações de Eudaldo Lima na carta do dia 20/12/1941. Segue comentando a afirmação de Eudaldo ser um pastor de rebanho e questiona se ele tem os atributos necessários para tal. Comenta uma crítica à Igreja Católica feita por Eudaldo, no sentido de que Deus seria pobre se só tivesse como súditos os crentes do Papa, dizendo que os crentes não são do Papa e sim de Deus e sua Igreja. Em outro momento, comenta outra crítica ao Papa, em que Eudaldo o acusa de mandar queimar cristãos porque não rezou de acordo com sua cartilha, fazendo referência à inquisição. Motta rebate afirmando que é uma calúnia e que os excessos da inquisição estavam no passado e que, portanto, Eudaldo deveria ter utilizado o verbo “mandar” no passado. Na sequência, Motta comenta outras duas cartas enviadas por Eudaldo, uma datada de 28/11/1941, na qual ele havia feito duras críticas ao Padre Leonel Franca e a outra, de anos atrás, datada de 20/05/1937, em que Eudaldo falava sobre o fato de Gastão de Oliveira ter deixado de ser um pastor presbiteriano para ser um simples soldado da Igreja Católica. Motta critica as falas de Eudaldo e encerra dizendo que continuará defendendo a ‘Verdade’. |
| 14 | ![]() | Eudaldo amigo: Salutem! 5-2-942 | 06/02/1942 | 74 a 84 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta acusa o recebimento da carta datada de 02/02/1942 e sinaliza estar escrevendo a resposta no dia do Sagrado Coração de Jesus, dando a entender que a responderia de forma pacífica. Em seguida, enfatiza que há um ponto na carta de Eudaldo que merecia explicação: Motta havia enviado uma carta para Eudaldo por intermédio de Frei Felix, um amigo em comum, e o autorizou a abrir, ler e tirar cópia da missiva, caso fosse de seu interesse. Contudo, não foi do agrado de Eudaldo que acusou Motta de fazer de Frei Felix uma “estafeta de correio” e de tentar causar intrigas. Motta então se defende, afirmando que não achou que seria uma inconveniência e que Jesus era testemunha de suas intenções. Além disso, Motta reafirma elogios que tecera sobre o livro protestante de Giovani Rostagno e o compara com o livro de Basilio Catalá, sendo que para este último ele faz comentários negativos. Então, Motta comenta, em resposta a carta que recebeu de Eudaldo, sobre um crime de assassinato cometido pelo Padre Luiz Santiago e um fiel católico, Venâncio Alves de Lima, lamentando o ocorrido e pedindo compaixão. Por fim, Motta rebate outro comentário feito por Eudaldo em sua carta, desta vez, de caráter político, em que Eudaldo acusa Motta de ter sido um entusiasta do regime hitlerista no Brasil. |
| 15 | ![]() | Eudaldo: Saudação | Em mãos a sua carta de 2 do corrente | 20/02/1942 | 78 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta responde uma carta enviada por Eudaldo e lamenta o fato de ele ter adquirido o livro Imitação de Cristo, do Pe. Thomas de Kempis, sem ter aguardado que ele mesmo o enviasse, como prometido no rascunho de carta 5. Motta segue dizendo que pretendia ir à capital em março e que era de sua intenção trazer um exemplar para remetê-lo a Eudaldo. Motta também agradece a Eudaldo pelo envio do livro e menciona o interesse em adquirir todos os livros que se envolveram na polêmica com Leonel Franca e diz que Eudaldo lhe ajudou na realização deste propósito. Em determinada parte do rascunho, Motta comentou que Eudaldo, em uma de suas cartas anteriores, se autoafirmara técnico em cristianismo, por conta de um curso de dez anos que havia feito e ressalta sua sabedoria diante da ignorância de Motta no assunto, devido ao fato de Motta não conhecer autores protestantes e, por isso, não estaria autorizado a comentar nada sobre o tema. |
| 16 | ![]() | Eudaldo: Saudações | Em mãos a sua carta de 27 de fevereiro | 03/03/1942 | 88 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta acusa o recebimento de carta de Eudaldo juntamente com um livro e uma cópia da carta de Frei Felix. Motta avisa para Eudaldo aguardar a sua segunda carta aberta a um amigo, que seria seguida de mais duas, e que Eudaldo não iria gostar, pois ele responderia as acusações “levianas, injustas e, as vezes, graves” que Eudaldo fez contra ele. Por fim, comenta que iria se inscrever como sócio do que parece ser um clube do livro para receber descontos quando fosse adquirir livros e comenta títulos que já possui: Paulo de Tarso, Maravilhas do Universo e Problemas do Espírito, todos e autoria de Rhoden. |
| 17 | ![]() | Eudaldo Saudações | Em mãos o jornalzinho com a sua “Declaração Oportuna” | [1942] | 89 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta afirma estar em posse do “jornalzinho” – O Lidador – que contém a carta aberta publicada por Eudaldo Lima, em 08/03/1942, por nome de Declaração Oportuna, que foi publicada em resposta a Carta Aberta a um amigo (Sobre um livro de polemica do Snr. Basílio Castro). Motta afirma que a “declaração” de Eudaldo não ficaria sem resposta e que sua “ancia caloura de publicidade” (citando trecho de carta de Eudaldo) não sofreria pausa nem esmorecimento em virtude das tiradas e dos arrotos de técnica no assunto por parte de Eudaldo. |
| 18 | ![]() | Eudaldo: Resposta oportuna | [1942] | 90 a 94 | Religião. Literatura. Catolicismo. Protestantismo. O título deste rascunho faz alusão à Declaração Oportuna, título atribuído por Eudaldo Lima a sua carta aberta. Neste rascunho de carta, Motta menciona que Declaração Oportuna chegou a ele por intermédio de um amigo e que havia pontos nesta publicação que mereciam uma resposta oportuna devido as acusações equivocadas feitas por Eudaldo contra sua pessoa, que são: violação de correspondência privada e quebra de ética, por conta da publicação da Carta Aberta a um amigo; incompetência para tratar do assunto religião, por Motta ser um farmacêutico e não um teólogo; recalque político que explodiu no setor religioso; anúncio ‘espetacular’ de publicação de nova carta aberta. |
| 19 | ![]() | Ponto final | 03/1942 | 104 e 105 | Religião. Catolicismo. Protestantismo. Neste rascunho de carta, Motta inicia dizendo que estava relendo a correspondência que trocou com Eudaldo, tanto as que escreveu quanto as que recebeu e que as meditou, chegando à conclusão de que toda a correspondência estava horrivelmente vazia de Cristo. Assim, Motta diz querer pôr um ponto final definitivo à correspondência deles e relembra uma afirmação que fez em carta anterior, de que nessas discussões, a vaidade, o amor próprio e a presunção falam mais alto do que o amor deles a Deus e, dessa forma, quando eles falam, Deus silencia. |


















